Por Etelmar Loureiro
- Diário do Rio Doce - 03.01.2019
- Diário do Rio Doce - 03.01.2019
Em termos legais e
protocolares, o mandato de Jair Bolsonaro, como chefe da Nação, teve início no
último dia primeiro, ao ser oficialmente empossado pelo Congresso Nacional e, em
seguida, receber a faixa presidencial das mãos de Michel Temer.
Na
realidade, entretanto, o capitão passou a ser considerado presidente no dia 6
de setembro de 2018, quando, em campanha na cidade mineira de Juiz de Fora, foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira. Embora
colocando em risco a sua vida, com enorme sofrimento físico, esse atentado
contribuiu para fortalecer o carisma de Bolsonaro, tornando-o praticamente
imbatível. A sua entronização no Palácio do Planalto passou a ser vista como
mera questão de tempo. Ainda que de forma involuntária, Adélio se tornou um aliado
com quem devem ser divididos os méritos da conquista.
Outras
inegáveis parceiras, com as quais Bolsonaro precisa repartir ou louros da
vitória, são as redes sociais. Operadas com habilidade e competência, foram os
principais instrumentos da vitoriosa campanha.
A
cerimônia mostrou que o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão,
não pretende ser um simples substituto de Bolsonaro. Pelo elevado tom de voz
que adotou ao prestar juramento, verdadeiro brado retumbante, ficou claro que tem
plena consciência de sua importância na posição que galgou, não apenas como
auxiliar, mas como peça de uma engrenagem cujo bom funcionamento dele não pode
prescindir.
O
novo presidente possui três filhos militantes na política: Flávio (senador),
Eduardo (deputado federal) e Carlos (vereador do Rio de Janeiro). Além da
aparência física, eles se assemelham a Bolsonaro, no comportamento polêmico, não
raro explosivo. Nenhum deles integra oficialmente a equipe de governo, mas, com
certeza, não faltarão oportunidades em que agirão ou serão entendidos como
prepostos do pai, causando embaraços que certamente farão doer a cabeça do
presidente.
Por
último, a julgar pelo desempenho que teve na posse do marido, a primeira-dama,
Michelle Bolsonaro, demonstrou que não será uma figura decorativa no governo. Quando
nada, terá uma imaginária cadeira ao lado do Presidente. Bela e simpática, usando um elegante vestido seda
rosa, decote ombro a ombro, ela quebrou o protocolo e discursou em Libras
(linguagem de sinais), prestando uma surpreendente homenagem ao marido.
Num
pronunciamento que foi mantido em segredo até mesmo da equipe do presidente,
Michelle agradeceu o apoio e orações dos brasileiros pelo bem de seu marido,
desde o início da corrida presidencial, e que ajudaram o casal a ir adiante. Segundo
ela, “as eleições deram voz a quem não era ouvido. E os brasileiros querem paz,
segurança e prosperidade. Um país em que todos sejam respeitados”. Acrescentou
que gostaria de modo muito especial de dirigir-se “à comunidade surda, às
pessoas com deficiência e a todos aqueles que se sentem esquecidos. Vocês serão
todos valorizados”. Lembrou que o trabalho de ajuda ao próximo sempre fez parte
de sua vida, e que, “a partir de agora, como primeira-dama”, pode ampliar de
maneira ainda mais significativa.
Autodidata
na matéria, não foi a primeira vez que Michelle se comunicou com os brasileiros
através de Libras. Durante a campanha de Bolsonaro, já havia feito traduções para surdos.
Ao
final da homenagem, atendendo ao pedido do público, Michelle e Bolsonaro se
beijaram por duas vezes, antes de ela, na mesma linguagem, lembrar o slogan
eleitoral “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.
A
primeira-dama iniciou muito bem o seu “mandato”, enviando uma eloquente
mensagem aos surdos. Falta agora Bolsonaro abrir os olhos dos cegos da oposição, que ainda não viram (ou se
recusam a ver) o buraco em que jogaram o país.
Acho que os cegos da oposição estão se recusando a ver o buraco em que jogaram o país. Acho incrível que ainda querem fazer oposição. Parabéns pela crônica, caro escritor Etelmar Loureiro!
ResponderExcluirRelatou plenamente a Cerimônia de Posse, que finalizou um período conturbado onde a maioria dos brasileiros não imaginaria, que o Candidato pudesse galgar o Cargo máximo da República...
ResponderExcluirMas...concorrer com esta Oposição, militante de há muito na ânsia do Poder, foi a tarefa mais difícil que vivenciamos numa Disputa Eleitoral!
Mas a partir do momento, que o Candidato tornou público seus Objetivos de Campanha, preenchendo o vazio deixado pelos 13 anos dos Governos anteriore,onde o Espírito Patriótico e Cívico, foi despertado e a defesa da Família Brasileira destacada, não teve mais para nenhum outro Candidato!
Abraçamos de Corpo e Alma e estimulados pela "tentativa de morte", a Campanha do Candidato, principalmente a Juventude Acumulada, seguida por muitos que entenderam em tempo, que nossa chance era agora ou nunca, explodiu!
Desculpa-me cunhado, o gancho que peguei, mas me implogo sempre!
Parabéns mais uma vez, você é o "Cara Escritor!"