domingo, 28 de agosto de 2011

PROMESSAS DE ANASTASIA

             A rigor, a assinatura da ordem de serviço para início das obras de asfaltamento da “estrada do Paca” não merecia o destaque que lhe foi dado. 
            Afinal, envolve projeto relativamente pequeno e de baixo custo, comparado às megarealizações do governo mineiro.
             Uma estrada de 30 quilômetros, menor que algumas avenidas, ao custo de R$ 17 milhões, é café pequeno para um Estado que, em 2010, teve arrecadação total superior a R$ 32 bilhões.
            Por outro lado, só mesmo o “antes tarde do que nunca” pode justificar o aplauso de uma população que, por tantos anos, ouviu falsas promessas e sofreu as conseqüências do descaso administrativo.
            Segundo moradores da área, essa obra foi anteriormente aprovada, licitada, mas desviada para outra região.  “A vida inteira só ouvimos promessas. Não dá mais para confiar”, enfatizou um deles.
            Como bem lembrou o deputado Bonifácio Mourão, trata-se de uma benfeitoria que foi reivindicada por mais de duas décadas. “Vivemos um momento histórico. Essa pavimentação é um sonho de mais de 20 anos”, disse ele.
            O silêncio seria a reação mais calorosa.
            Mas se foi ruim para os que se utilizam e dependem da Rodovia Vitorino Ceccato, o atraso acabou sendo bom para Antonio Anastasia.
            Em Valadares, durante a Expoagro/2010, ele anunciou que a estrada de terra tinha seus dias contados.
            O que para os incrédulos ou adversários pode ter parecido mais uma falácia política está se tornando realidade.
            Por menor que seja a expressão material do empreendimento, sua importância é enorme para realçar o comprometimento e a seriedade que fazem a diferença em Anastasia.
            Conduta que aumenta a expectativa do valadarense em relação à vinda do gasoduto e de recursos para a construção de um novo terminal aeroviário.
           Através do secretário estadual de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles, o governo mineiro prometeu empenhar-se por essas metas. Não há motivos para duvidar!