Grande
parte do território nacional amanheceu sob novo horário. Sessenta minutos foram
perdidos após a meia-noite.
Hoje
utilizado por cerca de 30 nações, o horário de verão teve sua origem na
Inglaterra (1907), embora o primeiro país a adotá-lo tenha sido a Alemanha (1916).
Em pleno conflito mundial, a economia de energia foi considerada importante
esforço de guerra, diminuindo o consumo de carvão, principal fonte energética
da época.
No
Brasil foi instituído em 1931, por Getúlio Vargas, mas só após 1985 tem
ocorrido sem interrupção, nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Em
2008 estabeleceu-se que a mudança de horário – antes definida por decretos
anuais – acontecerá invariavelmente no terceiro domingo de outubro e terminará
no terceiro domingo de fevereiro, a menos que coincida com o carnaval, quando o
encerramento será adiado para o domingo seguinte.
Sempre
que colocada em prática, a medida volta a polarizar as opiniões em torno de sua
conveniência e eficácia. Poucos se mostram favoráveis, enquanto a grande
maioria se divide entre os que não gostam, os que odeiam e os que gostariam de
“exterminar” os responsáveis por sua adoção.
Para
os opositores, o horário de verão só convém aos políticos, aos servidores
públicos do alto escalão, aos aposentados, aos genros de sogro rico e aos
malandros que não têm hora para sair da cama, entre outros.
Os
que cedo iniciam sua jornada de trabalho, os estudantes do turno matinal, seus
pais, os que curtem a noite mas têm obrigações na manhã seguinte, estão entre
os que mais abominam a medida.
O
grande questionamento tem sido em relação ao seu custo/benefício, ou seja, se a
economia de energia justifica os transtornos causados à população.
Segundo
o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) – entidade responsável pela área
–, a motivação para adotar esse instrumento no Brasil é a segurança do sistema,
não predominando a economia de energia elétrica.
No
verão eleva-se o consumo, sobretudo em torno das 18 horas, quando as pessoas
voltam aos seus lares e ligam luzes, televisores, chuveiros, etc., no momento
em que a iluminação pública também é acionada. Esse súbito aumento da demanda
pode desestabilizar o sistema elétrico.
Com
a iluminação natural ainda presente, o horário de verão permite que a entrada
da iluminação pública seja retardada, de forma a não coincidir com a chegada
das pessoas em casa, após o trabalho. Assim, o aumento da demanda se dá de
forma mais gradual, melhorando a segurança do sistema, esclarece o ONS.
Explicações
à parte, o novo horário está em vigor e, gostando ou não, com ele teremos de
conviver até zero hora de 17.02.2013.
Ainda
bem que, segundo velho ditado, “Deus ajuda quem cedo madruga”. Já é um consolo!