segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

ACABOU, MAS NEM TUDO

       Apito final, última parada, fim de linha, pouco importa a expressão
utilizada. O fato é que, assim como o horário de verão, termina hoje o
longo período de festas, agito e lazer que se estendeu por quase
quatro meses. Acabou a tradicional temporada em que o brasileiro se
entrega ao consumismo, às comemorações, aos passeios e viagens, num
ritmo frenético e alucinante. Época em que nada desperta mais
interesse do que o Natal, o réveillon e o carnaval, cada um no seu
tempo.
       Para alguns, em especial os políticos, esse fim de festa traz a
angústia da volta ao trabalho, ao dia-a-dia enfadonho e estressante
dos gabinetes, do trânsito caótico e da correria das grandes cidades.
       Empresários e ambulantes lamentam a partida dos turistas que
alavancaram seus negócios. Não faltam os que choram perdas e tristezas
sofridas, contrastando com os que celebram alegrias e prazerosas
conquistas. Tudo dentro de um contexto próprio da sociedade de
consumo, onde quem pode, pode; quem não pode se lasca.
       Não significa, contudo, que a festança acabou; há muito por acontecer.
       Logo vem aí a Semana Santa, o Dia do Trabalho, o Corpus Christi, as
festas juninas, o Dia da Independência, sem falar nos feriados e
badalações locais. Motivos não faltarão para novas folgas e
comemorações.
      Mas o grande apontamento do ano são as eleições municipais marcadas
para outubro.
      Independentemente do calendário eleitoral, os pretensos concorrentes
já se engalfinham nos bastidores. Tudo indica que o pleito envolverá
acirradas disputas, ainda na seleção dos candidatos.
      Em Valadares, a dúvida permanece superando a certeza. Pouco se sabe
sobre o muito que estará em jogo.
      Apesar do “tudo indica”, é grande a indefinição quanto aos nomes que
irão competir, principalmente no lado oposicionista. Haja scotch e
paciência!
      O importante, entretanto, é não deixar que futilidades e imbróglios
políticos prevaleçam sobre a agenda de trabalho. Num país onde tudo
acarreta solução de continuidade, a seriedade pode ser a tábua de
salvação.