Há
sonhos auspiciosos, ideias geniais, mas sua materialização quase sempre esbarra
na falta de representatividade política à altura e no pouco interesse dos que
poderiam ajudar. Somam-se a isso as dificuldades financeiras de uma cidade
grande em todos os quesitos, menos em arrecadação.
Resignada
ao “de grão em grão a galinha enche o papo”, a comunidade valoriza quaisquer
benefícios que lhe sejam outorgados, grandes ou pequenos, venham de quem ou de onde
vierem.
Repentinamente,
abriu-se uma temporada de bondades que a todos tem surpreendido.
Começou
com a instalação do campus da Universidade Federal Juiz de Fora, satisfazendo
um dos maiores anseios da população.
Logo
em seguida, anunciou-se a construção de um Hospital Regional, onde o Governo de
Minas promete investir mais de R$ 83 milhões, transformando-o no maior
investimento social em Valadares. Estima-se
que estará pronto em dois anos e meio. Com cerca de 250 leitos, poderá atender
1,5 milhão de pessoas.
De quebra, na ocasião
em que ordenou o início do empreendimento hospitalar, o governador Anastasia entregou
o asfaltamento da estrada do Paca, que leva à penitenciária local, no que o estado
investiu recursos superiores a R$ 20 milhões.
Mas
não fica só nisso.
Segundo o deputado estadual
Bonifácio Mourão, um dos mais empenhados na ação, a reforma e aumento do
terminal de passageiros do aeroporto local deu outro importante passo rumo à
concretização. O projeto, que estava sob apreciação da Secretaria de Aviação
Civil, foi finalmente aprovado e será em breve repassado ao governo de Minas,
para abertura de licitação.
Ampliando a lista de
benesses, a Vale, em parceria com a Prefeitura, inaugurou, na última
quarta-feira (22), a passagem inferior do bairro Santa Rita, empreendimento
orçado em quase R$ 24 milhões, destinado a melhorar a mobilidade urbana na
área. A mineradora promete, ainda, entregar o Parque Natural Municipal (até
final deste ano), e uma Estação Olímpica (em 2014).
Lembrando outro velho
provérbio, esses acontecimentos denotam uma saudável interação entre o poder
público, empresários e a sociedade civil valadarense, onde forças antes isoladas
agora se dão conta de que “a união faz a força”.
Mostra também uma safra
de políticos mais capazes e evoluídos, alguns ocupando relevantes postos em altos
escalões, aglutinados em torno do que mais convém a Valadares, independentemente
de bandeiras partidárias.
O cenário não é
usual, mas é promissor, esperando-se que não seja passageiro. Valadares precisa
disso.