sábado, 17 de março de 2012

TOMBOS E AGITOS

            Em meio a tantas quedas, renúncias e demissões, há sempre aquelas que alcançam maior repercussão.
            Nada a ver com o despencar e a morte de uma garota de 14 anos, do brinquedo Torre Eiffel, no parque de diversões Hopi Hari, em São Paulo. Essa foi “apenas” mais uma fatalidade que tende a se repetir onde a manutenção e a segurança das atrações públicas não são levadas a sério.
            Também não se fala da queda sofrida pelos atores Danielle Winits e Thiago Fragoso, durante uma sessão do musical Xanadu. Nem do tombo do cantor Sérgio Reis, no final de um show em Três Marias-MG. Acidentes de trabalho em que “só” houve quebra de costelas, ferimentos e escoriações. Felizmente recuperados, estão prontos pra outra.
            Poder-se-ia estranhar os cartões vermelhos dados a Cândido Vacarezza e Romero Jucá, que deixaram de ser líderes do governo na Câmara e no Senado, respectivamente. Mas eles fazem parte do desgastado troca-troca que vem sendo promovido por Dilma Rousseff.  Se houve perplexidade, foi fruto da truculência com que foram apeados de suas funções, confirmando queda de braços e desentendimento entre a Presidente e seus aliados.
            Já o abalo de prestigio do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) chamou bastante atenção. A Polícia Federal descobriu suas íntimas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso sob várias acusações. Até então considerado reserva moral e paladino da ética, Torres encontra dificuldade para explicar os diálogos gravados com autorização judicial e os presentes recebidos do bicheiro. Mais um a manchar o conceito da classe política.
            Sobre esses fatos, o que mais agitou a temporada foi a saída de Ricardo Teixeira do comando da CBF. Embora muito desejada, causou um misto de espanto e preocupação. Ninguém imaginava que, após 23 anos no poder, ele jogasse a toalha em plena caminhada para a Copa/2014, levando consigo o conhecimento e controle que detinha do evento. Por outro lado, seu afastamento abriu espaço para que José Maria Marin, de pouca ou nenhuma cancha, assumisse a presidência da entidade. Na visão de um blogueiro, foi como trocar o goleiro Bruno por Macarrão ..., no pau!