O
mês de outubro foi marcado pela campanha de conscientização da sociedade, em
particular as mulheres, sobre a importância da prevenção e do diagnóstico
precoce do câncer de mama.
Carinhosamente
chamado Outubro Rosa, o movimento originou-se em Nova York, na primeira Corrida
pela Cura, realizada em 1990. Desde então, vem acontecendo em várias partes do
mundo, de forma cada vez mais intensa e emblemática.
Seu
símbolo é o laço rosa, que representa a luta contra a doença e estimula a união
das pessoas, empresas e entidades em torno da causa. A iluminação rosa, quando
projetada sobre monumentos e prédios públicos, é cenário compreendido em
qualquer parte do planeta.
Depois
do Outubro Rosa, foi a vez do “Novembro Azul”, que hoje se encerra. O penúltimo
mês do ano tornou-se mundialmente reservado a ações ligadas ao câncer de
próstata e à saúde dos “machões”. .A ideia nasceu na Austrália, em
2003, inspirada no Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, celebrado em
17 de novembro.
No
Brasil, o movimento já faz parte do calendário nacional das campanhas de
prevenção.
Tem
o objetivo
de combater o mal e, sobretudo, motivar a galera masculina a submeter-se aos
exames de praxe, inclusive a temida e, para muitos, humilhante “dedada”.
Semelhante ao que aconteceu
no "Outubro Rosa", houve distribuição de lacinhos e iluminação dos marcos
e pontos turísticos das cidades, tudo na cor azul (o que alguns cruzeirenses entenderam
ser também homenagem a seu time, pela conquista do tetra campeonato brasileiro).
O
Outubro Rosa repercutiu mais do que o Novembro Azul. Isso graças ao maior
engajamento, à melhor disciplina e mais apurada intuição da mulher em relação
aos cuidados para com saúde.
No
cômputo geral, entretanto, ambas as temporadas cumpriram sua finalidade. Está
cada vez mais difícil alegar inadvertência ou ignorância quanto à necessidade
um “check-up” periódico.
O
resultado foi tão auspicioso que a “colorização” poderia estender-se a mais
meses, na tentativa de estancar outros males que afligem a sociedade.
Boa
ideia seria, na sequência, instituir o Dezembro Verde-Amarelo, inspirado no Dia
Internacional de Combate à Corrupção, alojado no 9 de dezembro.
Sob
o clima de manjedoura, o mês do Natal acomodaria também implacável campanha
contra os “maus hábitos” cultivados por empresários, políticos e autoridades de
todo o mundo, com justificada ênfase para a turma a do “patropi”.
Para
maior interação dos festejos da época, a cauda da Estrela Guia teria as cores
da seleção canarinho, enquanto a iluminação, no mesmo tom, se estenderia a todos os presídios do país.
Maquetes
de presépios seriam colocadas nas penitenciárias, onde os Reis Magos, em
homenagem aos “hospedes”, chegariam trajando o honroso modelito listrado.
Papai
Noel, incorporado pelo ex-ministro Joaquim Barbosa, abandonaria seu tradicional
trenó. Apareceria pilotando um robusto e aconchegante camburão, preparado para
acomodar corruptos de qualquer tribo.
De
início, apenas o símbolo do movimento seria trocado. O lacinho cederia lugar a delicadas
algemas, compostas de uma argola verde e outra amarela.
A
Polícia Federal, como de praxe, se encarregaria de animar a festa.
Lançada
a ideia!
- Jornal de Domingo
- Diário do Rio Doce