Por Mônica Loureiro
Deu, 2015. É seu fim. Cansei de suas mazelas. Conseguimos
enfeitar nossas casas e nossas almas. Sentimos a ternura do abraço de nossos amores.
Ceamos, trocamos presentes, agradecidos pelas batalhas vencidas e recarregamos
nossas esperanças, depois de tanto aperto. Papai Noel trouxe refresco aos nossos
corações, através da vontade íntima de surpresa, afago, sossego, respeito ... E
na esperança de recebermos em troca, relaxamos os ombros e amolecemos o
coração. Porque no fundo, bem lá no fundo, a gente quer mais que grana, mais
que 13º, mais que Mega da Virada ou cupom sorteado. Mas, quando as festas se
forem, lá depois do Carnaval, a magia vai terminar. E a gente perceberá que
nada, nem de longe, começou a ser feito, para termos um 2016 respirável. Não,
minha gente, não vamos nos iludir. Os problemas estão vivos, principalmente,
aqueles empurrados para debaixo do tapete, ou para depois das escalas de
recesso. Dizem que as brigas que não matam fortalecem. Então, suma da minha
lembrança, 2015. Leve com você as notícias ruins, as decepções, as desilusões,
a dor pelas perdas, pela falta de dignidade, pela desesperança. Para resumir
meu raciocínio, vamos nos permitir dar e receber ternura. Vamos preparar nossa
casa, nossa mesa, nossa família, nossas crenças. Vamos pedir a Deus saúde e
renovação da fé. Vamos precisar! Por um bom começo, vamos beijar nossos velhos,
vamos ter mais paciência com eles. Vamos baixar a guarda, vamos praticar a
gentileza, vamos esquecer o egoísmo e a ética da conveniência. Vamos tentar ceder
lugar, vamos evitar a raiva e o comentário desnecessário. Vamos fazer ao vizinho, ao colega de trabalho,
ao ciclista, a quem senta ao lado, ao que tem a vez o mesmo que esperamos para
nós próprios, para nossa família. Que tenhamos menos pressa e ansiedade. Que nossas
refeições sejam mais saudáveis e lentas, que possamos respirar profundamente e
encontrar uma solução para o bem coletivo, que propicie aos pequenos mais
espaço, aos idosos mais dignidade, aos doentes menos dores, aos pecadores a
devida punição. 2016 está logo ali, e só será diferente, se nossa alma mudar. Todos
receberemos 365 páginas novas, branquinhas em folha. Resta a cada um escolher o
tema, o que plantar, o quanto se dedicar, para colher melhor. Felicidade requer
dedicação, planejamento e uma dose de sorte, para o ano que vai nascer !!!!
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