sábado, 30 de junho de 2012

TRIBUTO A PADRE EULÁLIO

            No segundo dia de maio último, Valadares perdeu o Padre Eulálio Lafuente, uma de suas mais queridas e respeitadas figuras.
            Sobre ele, o sempre atencioso Luizinho (Luiz Alves Lopes), coordenador do Núcleo Penal da Faculdade de Direito Vale do Rio Doce (Fadivale), escreveu interessante artigo, que merece ser recordado, como forma de contribuir para a consolidação da memória do grande sacerdote espanhol.
Registrou que Padre Eulálio aportou nesta cidade no início dos anos cinquenta, acompanhado dos conterrâneos e também padres Teodoro, Zé Luiz, Pedro, Gregório, Frias, Alberto, Inácio e outros, compondo “uma safra de seres humanos movidos pela inquebrantável vontade de servir ao próximo, em especial aos menos favorecidos pela sorte”.
            Segundo Luizinho, “dissertar sobre sua atuação no Colégio Ibituruna se torna desnecessário, em função de magnitude de tal educandário. Mas nele ficaram arraigadas suas idéias, convicções e princípios. Praticamente por ele passaram os “cabeças pensantes” de nossa cidade e grande parte de nossas lideranças, inclusive políticas”.
            Mencionou as “bandas” e “lados” onde as ações de cunho social e humanitário de Lafuente se fizeram sentir, destacando que “o Colégio Presidente Médice, atual Teotônio Vilela, do qual foi diretor por mais de uma década, sintetiza o resultado de uma de suas maiores conquistas ao lado da comunidade e lideranças”.
            Com propriedade, lembrou que Padre Eulálio, torcedor do Fluminense, era avesso a homenagens. Por anos e anos, com “surrada” blusa de frio e simplória pasta preta sob os braços, deslocava-se para inúmeros bairros da periferia, “levando aos deserdados uma palavra de esperança”. Fazia isso a pé ou de ônibus. Não aceitava ser “levado” por ninguém. Dispensava carona e preferia andar sozinho.
Após elencar outros méritos do saudoso prelado, Luizinho defende que a que “a vida de Eulálio Lafuente – seus mais de cinquenta anos dedicados à construção desta metrópole, que já foi Princesa do Vale – merece reflexão profunda, estudos e registros para a posteridade e, sobretudo para análise e leitura de nossos jovens que não tiveram o privilégio de usufruírem da presença marcante, cativante, séria, responsável e idealizadora de um verdadeiro santo. Felizes somos nós que com ele pudemos conviver, aprender e deleitar de tantas virtudes.”
Honras a Padre Eulálio e “ponto” pro mestre Luizinho.