sábado, 5 de maio de 2012

INCERTEZA CERTA

            A definição ainda está longe, mas começam a delinear-se os confrontos que poderão agitar as próximas eleições municipais.
            O primeiro a se mostrar foi o ex-vice-prefeito Augusto Barbosa, hoje superintendente regional de Saúde. Baseado em seu respeitável histórico político, disse encarar com naturalidade a aspiração de também ser prefeito do município.
            Não demorou muito para que o vereador Darly Alves (PSD) fosse apresentado como pré-candidato ao cargo, com as bênçãos do deputado estadual Hélio Gomes, presidente municipal do Partido Social Democrático. E Darly fez questão de declarar que “Estou preparado. Há muito tempo venho preparando a minha vida pública para ter condições de assumir essas responsabilidades”.
            Sem deixar por menos, o Partido de Mobilização Nacional (PMN) apressou-se em engrossar a lista de pré-candidatos, incluindo o vereador Lierte Júnior, outro destaque no legislativo municipal.
            Mais nomes poderão entrar no páreo. Especula-se em relação a Ruy Moreira, Maurício Morais, Renato Fraga, Heldo Armond, Edvaldo Soares e outros pesos pesados.
            Isso sem levar em conta a candidatura à reeleição a que tem direito a prefeita Elisa Costa, da qual, pela lógica, ela não abdicará.
            Ao que parece, Valadares caminha para um pleito dos mais empolgantes e disputados, sobretudo se houver a chance do tão esperado segundo turno.
            Resta saber se Bonifácio Mourão será ou não candidato.
            O ex-prefeito, hoje deputado dos mais prestigiados pelo governador Antonio Anastasia, afirma e confirma que, dessa feita, será carta fora do baralho. Como se isso não bastasse, vem assumindo posições que denotam crescente e irreversível envolvimento com a Assembléia Legislativa mineira, onde, inclusive, é o líder do governo estadual. Restar-lhe-ia, assim, apoiar e prestigiar o candidato de seu grupo.
            Mas, consagrando o “tu de tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, o tucano continua sendo o objeto de desejo de seus correligionários. Para eles, eleição sem Mourão seria o mesmo que Copa do Mundo sem Seleção brasileira. Pressionarão o tanto possível.
            No clima de incerteza, paira uma certeza: querendo ou não, o “magrão” vai acalentar o sonho e perturbar o sono de muita gente, enquanto a hipótese de sua candidatura for uma esperança ou uma ameaça. A sensação é inevitável.