sábado, 25 de agosto de 2012

UM JORNAL DIFERENTE


            Mesmo discreto na forma de reagir, Carlos Alberto “Lotinha” Sobreira não consegue disfarçar o orgulho e a satisfação de ver consolidada uma de suas grandes criações.
            Some-se o ar de surpresa, natural de quem não teria imaginado fosse algo tão duradouro, nem capaz de alcançar a confiança e a solidez de que hoje desfruta.
            Afinal, como ele próprio revela, seu propósito, à época, não ia muito além de resolver um pontual contingenciamento financeiro, lançando um produto para o qual havia amplo espaço local.
            Foi assim que, em 15 de março de 1992, surgiu o semanário Jornal de Domingo.
            A tarefa, entretanto, não foi tão fácil quanto possa parecer.  Aliado ao interesse comercial, havia uma linha de conduta a ser respeitada. A intenção era fazer um jornal inovador, predominantemente voltado para a cidade, capaz de contribuir para o resgate e o registro de sua história.
            Em torno disso alternaram-se as cabeças mais pensantes de nosso meio jornalístico e intelectual, produzindo matérias que, por sua qualidade, logo conquistaram o público.
            Contabilizando vinte anos de circulação ininterrupta, o JD chegou à sua milésima edição, orgulhoso da independência, da neutralidade e do equilíbrio que lhe conferem ampla credibilidade e o transformam em marco editorial.
            Sua filosofia é a mesma dos primeiros anos, ancorada no inarredável compromisso de oferecer a seus leitores notícias imparciais, comentários pertinentes e entrevistas interessantes.
            Muitos dos primeiros colaboradores já não podem testemunhar e festejar a colheita do que semearam. Mas, se habitualmente seguidos, seus exemplos e ensinamentos serão a inesgotável fonte de vida do jornal.
            Além disso, cheio de experiência e capacidade, remanesce daqueles precursores a figura ímpar de Carlos Antônio de França Ferreira, o popular Canhão, há muito conduzindo o periódico.
            Comunicador por vocação, habilidoso por excelência, dedicado por opção, “turrão” por natureza e avesso a holofotes, Canhão é a maior garantia de que o Jornal de Domingo será sempre um obstinado desbravador de horizontes. Sua meta, instigante e insaciável, é estar onde o fato o espera, para se tornar notícia. No que tem se saído muito bem!