A
cerimônia de abertura, totalmente
desprovida de emoção, entusiasmo e motivação, mais parecia festa do
Partido Verde, coproduzida por Marina Silva e Fernando Gabeira. Mal planejada, como se fosse um improviso, pouquíssimos
participantes, coreografias confusas, fantasias sem graça, e uma música que não
exaltou as características do país. Enfim, uma mistura de nada com coisa alguma.
A participação de Claudia Leite, Jeniffer Lopes e Pitbull minimizou, mas não
conseguiu evitar o fiasco.
O Brasil possui
inúmeros profissionais competentes e famosos, aptos a produzir o melhor
Carnaval do mundo, a Festa de Parintins e tantos outros megaespetáculos internacionalmente
consagrados. Foram preteridos em favor uma coreógrafa estrangeira, a belga
Daphné Cornez, pouco ou nada familiarizada com nossa cultura. O resultado não
poderia ter sido outro: na falta do
que aplaudir, a plateia utilizou todo seu vigor para vaiar e insultar a
Presidente Dilma; raro caso em que a
corda arrebentou no lado mais forte.
A festa já passou, e não
há como refazê-la. Agora é esperar que a cerimônia de encerramento consiga
apagar a péssima impressão remanescente.
Também no futebol
houve frustração.
Brasil x Croácia foi
um jogo difícil. A equipe brasileira, com todos os seus titulares em campo, não
apresentou o rendimento esperado. Mesmo com as excelentes atuações de Neymar e
Oscar, faltou entrosamento e ficou bem claro o quanto o time depende do Camisa
10. Ganhou da Croácia por 3 x 1, mas não
fez boa partida.
No segundo jogo, desfalcada
do atacante Hulk, a Seleção empatou em 0 x 0 com o México. Atacou bastante, mas esbarrou na eficiência
do goleiro mexicano, que pegou tudo. Mas a falta de conjunto ainda se fez
notar, bem como a apatia do atacante Fred, que até agora nada fez, exceto cavar
aquele discutível pênalti contra a Croácia.
Amanhã, teremos novas
emoções: o terceiro jogo será contra o já desclassificado Camarões.
A chegada às Oitavas
parece certa, ainda que a trancos e barrancos.
Mas
todos sabem que, a partir daí, o buraco ficará cada vez mais embaixo.
No
avançar da tabela, decepções se sucedem e surpresas de repetem. Muitos
favoritos já tombaram, abatidos por concorrentes antes desacreditados.
O
Brasil joga em casa, ao lado de sua torcida, e ainda está bem na bolsa de
apostas.
Mas
é bom Felipão manter os olhos cada vez mais abertos, arregalados mesmo, pra não
levar bola nas costas.
Lembrando
que time dependente de Hulk corre o risco de acabar no “Caldeirão".
- Jornal de Domingo