Até
04 de março, não tem pra ninguém; Momo reina absoluto. O espírito de carnaval
se aloja na mente de cada brasileiro, Nada consegue atrapalhar a concentração
dos foliões, exceto – claro! – a fatura do cartão de crédito, engordada pelas compras
natalinas, e os gastos com IPTU, IPVA, matrículas e materiais escolares, inevitáveis
nesta época do ano.
Quando
o pessoal começa a se refazer da rebordosa, chega abril, com um feriadão de
pelo menos quatro dias (18 a 21), emendando Semana Santa e o Dia de Tiradentes.
Chance de nova esticada às áreas de lazer, em busca de bronzeado e forças para enfrentar
o feriadão que virá logo a seguir. Para
a alegria de todos e felicidade geral da nação, o Dia do Trabalho, este ano, acontecerá
numa quinta-feira.
A essa altura, o Brasil já estará vestindo
verde/amarelo, ”ligadaço” na Copa do Mundo que se iniciará em 12 de junho, com
o jogo Brasil e Croácia. Nos 30 dias seguintes, ninguém pensará noutra coisa, a
não ser em futebol.
Além
de ser alcançado por jogos da Copa, julho é época de férias escolares, que
sempre envolvem mais viagens e outras induções ao relax.
O
Dia dos Pais e o Dia do Soldado impedem que agosto passe em “brancas nuvens”.
Quando
setembro vier, haja coração. Além das
festividades alusivas à Semana da Pátria, o brasileiro estará convivendo com a
reta final da campanha política.
As
eleições para presidente, governadores, senadores, deputados federais,
estaduais e distritais (estes só em Brasília) acontecerão no início de outubro
(05), e tudo leva a crer que a disputa será ferrenha.
Se
necessário, o segundo turno está previsto para 26/10, na base do salve-se quem
puder. Será “briga de cachorro grande”.
Quando
menos se espera, novembro e dezembro estão de volta, trazendo consigo luzes
coloridas, vitrines e árvores iluminadas. Papai Noel, “jingle Bells”, perus,
leitoas, frutas de época, panetones, champagne, show de Roberto Carlos, tudo na
base do “vale a pena ver (e consumir) de novo”.
Repete-se
o círculo vicioso, sob o olhar passivo de uma elite acomodada, desinteressada
ou incapaz de promover renovações.
Nenhuma
mudança, só mesmice. Quem até então nada fez, dificilmente fará alguma coisa; “Inês
é morta”!
Outro
calendário irá pra lixeira, num piscar de olhos.
O
primeiro de janeiro continua sendo apenas o primeiro dia de um novo fim de ano.
Melhor
para os que nunca saem do “clima”, mas insistem em dizer que só bebem nessa
época. Não precisam largar o copo.
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