O sumiço aconteceu no
dia 07, sendo que até 15 dias depois o paradeiro da aeronave transformou-se num
mistério.
Somente na última
sexta-feira (21), imagens de um satélite tailandês mostraram centenas de objetos
flutuantes no sul do Oceano Índico, sinalizando que o voo 370 teve de fato um
trágico fim. Se confirmado, será a triste hora de resgatar corpos e o que mais for possível, numa operação
que, naquele local, parece ser das mais difíceis.
Noutro ponto do
planeta, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu uma cabal demonstração de
força e ousadia. Sem se intimidar diante das ameaças de retaliação feitas pela
comunidade ocidental, anexou ao território russo a península da Criméia, até
então pertencente à Ucrânia.
Os analistas
internacionais acham que a façanha de Putin foi facilitada pelos Estados Unidos
e a comunidade europeia, que não foram capazes de intimidá-lo o suficiente.
Ficaram na base de sanções administrativas contra alguns figurões russos, mais
isso nada adiantou.
Pode ser que o quadro
se modifique, mas, pelo menos até agora, Putin leva ampla vantagem.
No Brasil, mais um escândalo
saiu do baú e centralizou as atenções. Dessa vez envolvendo a Petrobrás e a
compra da refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos.
A história todos
sabem: em síntese, a Petrobras teria
gasto 1,18 bilhão de dólares na compra de uma empresa que inicialmente valia 42
milhões de dólares.
Números à parte, o
caso alcançou grande repercussão. De uma hora pra outra todos resolveram ser
movimentar, no sentido de apurar responsabilidades. Até no âmbito interno da
Petrobrás foi criada uma comissão com esse objetivo. Muita coisa ainda pode
jorrar, além de petróleo.
Mas um reflexo já se
fez sentir sobre a presidente Dilma Rousseff, que presidia o Conselho de
Administração da Petrobrás, à época em que o malfadado negócio aconteceu. A avaliação
positiva de seu governo caiu de 43% para 36% em relação a dezembro/2013,
segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada na última quinta-feira (27).
Para os governistas,
essa queda será logo revertida, e nada tem a ver com os fatos, muito anteriores
à pesquisa.
O pessoal da
oposição, entretanto, prefere acreditar que, diante dos enormes problemas por
que passa o país, o governo Dilma apenas iniciou o retorno a um ponto de
aceitação situado bem abaixo do que ele imagina se encontrar.
Conclusões políticas,
em ano eleitoral.
- Jornal de Domingo