sábado, 29 de setembro de 2012

RETA FINAL


Após exaustiva temporada de comícios, carreatas, passeatas, debates, horários políticos e outros incômodos, as eleições municipais entram na sua fase decisiva. Começa hoje a semana do vai ou racha, nas cidades que ainda não têm o privilégio do segundo turno. Entre elas Governador Valadares, onde o cenário seria perfeito para outra rodada. Mas ela não acontecerá, para tristeza do segundo colocado.
             Até agora, em termos locais, a campanha transcorreu de forma relativamente tranquila, apesar de algumas baixarias inerentes ao processo. Talvez porque os principais candidatos estejam razoavelmente nivelados em qualidades, promessas e preferência.
            Nada garante, entretanto, que esse clima perdure até o dia da votação. Na reta final, a luta pelo voto se torna mais aguerrida, abrindo espaço para um vale tudo nem sempre dos mais limpos.
Ninguém conhece as últimas cartas que todo candidato mantém na manga ou no bolso do colete. Entre elas a proibida – mas sempre praticada – “boca de urna”, já responsável por grandes “viradas” de última hora.
O momento eleitoral traz a esperança de renovação, de novas caras, novas ideias, novos projetos.
Entretanto, pelo que se viu durante a campanha, não são grandes as perspectivas de mudanças em razão das eleições do próximo domingo.
Mais uma vez, no geral, os candidatos estiveram empenhados em maquiar a realidade, para conquistar eleitores.
Ninguém exibiu um projeto de impacto, consistente, praticável e capaz de empolgar. O que mais se ouviu foram promessas repetitivas de ações pelas quais muitos já se comprometeram, nada fizeram e pedem outros quatro anos para realizar.
A esperteza, a retórica e o melhor marketing se destacaram mais que traços de seriedade e competência político-administrativa.
No corpo a corpo com o eleitorado, sobraram a cara de pau e a embromação que muitas vezes se escondem na falsidade de um abraço ou de um aperto de mãos.
Aproxima-se o momento da escolha. A chance de o cidadão agir com independência, soberania e, sobretudo, discernimento.
Sem se iludir com as qualidades proclamadas pelos candidatos, o eleitor deve apurar seu faro, para identificar os merecedores de voto.  Nada de prestigiar tarjas pretas, desocupados e oportunistas que tentam ou já conseguiram transformar o mandato político em “boca” vitalícia; é hora de renovar.
Existem os dignos de crédito, gente boa, bem intencionada e comprometida com o interesse público. Formam uma minoria, mas, com atenção e senso crítico, há como identificá-los. Vote neles!

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