domingo, 22 de junho de 2014

AMANHÃ TEM MAIS ...

            Além de data e local, há outra marcante coincidência entre a performance da Seleção brasileira, no primeiro jogo da Copa 2014, e a festa inaugural do torneio: ambas deixaram muito a desejar.
            A cerimônia de abertura, totalmente desprovida de emoção, entusiasmo e motivação, mais parecia festa do Partido Verde, coproduzida por Marina Silva e Fernando Gabeira.  Mal planejada, como se fosse um improviso, pouquíssimos participantes, coreografias confusas, fantasias sem graça, e uma música que não exaltou as características do país. Enfim, uma mistura de nada com coisa alguma. A participação de Claudia Leite, Jeniffer Lopes e Pitbull minimizou, mas não conseguiu evitar o fiasco.
O Brasil possui inúmeros profissionais competentes e famosos, aptos a produzir o melhor Carnaval do mundo, a Festa de Parintins e tantos outros megaespetáculos internacionalmente consagrados. Foram preteridos em favor uma coreógrafa estrangeira, a belga Daphné Cornez, pouco ou nada familiarizada com nossa cultura. O resultado não poderia ter sido outro: na falta do que aplaudir, a plateia utilizou todo seu vigor para vaiar e insultar a Presidente Dilma;  raro caso em que a corda arrebentou no lado mais forte.
A festa já passou, e não há como refazê-la. Agora é esperar que a cerimônia de encerramento consiga apagar a péssima impressão remanescente.
Também no futebol houve frustração.
Brasil x Croácia foi um jogo difícil. A equipe brasileira, com todos os seus titulares em campo, não apresentou o rendimento esperado. Mesmo com as excelentes atuações de Neymar e Oscar, faltou entrosamento e ficou bem claro o quanto o time depende do Camisa 10.  Ganhou da Croácia por 3 x 1, mas não fez boa partida.
No segundo jogo, desfalcada do atacante Hulk, a Seleção empatou em 0 x 0 com o México.  Atacou bastante, mas esbarrou na eficiência do goleiro mexicano, que pegou tudo. Mas a falta de conjunto ainda se fez notar, bem como a apatia do atacante Fred, que até agora nada fez, exceto cavar aquele discutível pênalti contra a Croácia.
Amanhã, teremos novas emoções: o terceiro jogo será contra o já desclassificado Camarões.
A chegada às Oitavas parece certa, ainda que a trancos e barrancos.
           Mas todos sabem que, a partir daí, o buraco ficará cada vez mais embaixo. 
           No avançar da tabela, decepções se sucedem e surpresas de repetem. Muitos favoritos já tombaram, abatidos por concorrentes antes desacreditados.
            O Brasil joga em casa, ao lado de sua torcida, e ainda está bem na bolsa de apostas.
            Mas é bom Felipão manter os olhos cada vez mais abertos, arregalados mesmo, pra não levar bola nas  costas.
            Lembrando que time dependente de Hulk corre o risco de acabar no “Caldeirão".
 
- Jornal de Domingo
 

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário