Assim como a maioria das localidades brasileiras, Valadares não deve se iludir quanto à possibilidade de levar a cabo grandes realizações, se isso depender apenas de recursos dos cofres municipais.
E não adianta acalentar expectativas em torno de vultosos auxílios do Estado e da União, entes sempre às voltas com gastos superiores ao que conseguem usurpar dos contribuintes.
Promessas são continuamente feitas pelas autoridades de todos os níveis, sobretudo em épocas eleitorais. Cumpri-las é outra conversa. Basta lembrar o que vem acontecendo com a duplicação da BR-381 e a extensão do gasoduto até esta cidade, compromissos há muito assumidos e nunca honrados por diversos governos.
Isso ficou evidente na prestação de contas que a Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) acaba de fazer aos valadarenses, através de uma caravana de políticos capitaneada pelo presidente da Casa. Um mais e menos em que as dívidas para com a região se mostraram bem maiores do que as modestas realizações apontadas. Restou à comunidade reiterar velhos pedidos, acrescentando outros que deverão ser lembrados até o próximo pleito, com risco de depois caírem no esquecimento.
Nesse contexto, uma alternativa para o desenvolvimento local seria a maior colaboração entre os setores público e privado, em torno das metas mais arrojadas. É o que se nota em diversas áreas onde obras e prestação de serviços estão acontecendo graças a esforços conjuntos, com excelentes resultados.
Afora os aspectos legais, a implementação desse processo depende muito do interesse e do bom relacionamento entre a administração pública e as entidades empresariais atuantes na comunidade, como Câmara de Dirigentes Lojistas, Sindicato do Comércio, Federação das Indústrias e Associação Comercial.
Em Valadares, parece não haver dificuldade nesse sentido. A convivência entre o poder público e a iniciativa privada é bem próxima e harmoniosa. Ademais, ambas as correntes se mostram ávidas por desenvolvimento e dispostas a somar esforços para que ele aconteça.
Conhecimento de causa, experiência, idéias, vontade de fazer e credibilidade são outros ingredientes indispensáveis para a obtenção de bons resultados. Quando somados ao otimismo de quem os tem, viram fórmula infalível.
Aqueles que o conhecem sabem ser esse o perfil do empresário Edison Gualberto, que, na última quinta-feira, assumiu pela terceira vez a presidência da Associação Comercial e Empresarial de Governador Valadares (ACEGV). A seu lado, na condição de vice, estará o não menos idealista arquiteto Adolpho Campos.
Apaixonado pela cidade, grande comunicador e dono de admirável histórico sociopolítico e empresarial, Gualberto tem tudo para mobilizar a sinergia que poderá significar a redenção do município.
Na concorrida solenidade de posse, reiterou o propósito de lutar pela união de forças, envolvendo toda a classe empresarial, em torno do desenvolvimento de Valadares e da região.
Sem demérito para seus antecessores, Gualberto é a certeza de que a ACEGV imprimirá um novo ritmo de ação, influindo de forma mais decisiva para o alcance desse e de outros importantes objetivos.
Credenciais não lhe faltam!
Jornal de Domingo de 17.03.2013
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