A
primeira é 19 de maio, dia de Santo Ivo, patrono dos advogados.
A
outra é 11 de agosto, o Dia do Advogado, data que, em 1827, foram criados os
dois primeiros cursos de Direito no país, um em São Paulo, outro em Olinda/Pernambuco.
É também conhecido como o Dia do Pendura, em que, por
antiga tradição, os estudantes de Direito costumam beber e comer em
bares e restaurantes, e sair “de fininho”, sem pagar a conta. O “pendura” teve início em São Paulo, mas logo
se espalhou por outros locais. Os comerciantes do ramo ainda temem a data,
pois, apesar de ilegal e fora de moda, há grupos que se mantêm fieis à prática.
A
data é fixa, mas os festejos se estendem por todo o mês, em períodos
alternados, de acordo com a conveniência dos promotores.
Advogados
existem aos montões e se multiplicam com impressionante velocidade, na medida
em que estão entre os especialistas mais requisitados.
De
modo geral, competentes, dedicados e zelosos em seu trabalho, compõem um dos grupos
mais aclamados e benquistos pela sociedade.
Nem
por isso são poupados das histórias, brincadeiras, gozações e piadas que servem
para testar a esportividade e o humor dos profissionais liberais.
Algumas
até interessantes, a ponto de demonstrar o quanto são importantes o talento, a
habilidade e a astúcia dos personagens envolvidos.
É o caso de uma conhecida história premiada no
Criminal Lawyers Award Contest.
Um advogado de
Charlotte, NC, comprou uma caixa de charutos tão raros e caros que os colocou
no seguro contra fogo.
Após um mês, tendo
fumado todos eles, e sem ter terminado de pagar o seguro, o advogado registrou
um sinistro contra a seguradora.
Nesse ato, alegou que
os charutos haviam sido perdidos em uma série de pequenos incêndios.
A seguradora
recusou-se a pagar, citando o motivo óbvio: o segurado havia consumido seus
charutos da maneira usual.
O advogado processou
a companhia..., e ganhou!
Ao proferir a
sentença, o juiz concordou com a seguradora em que a ação era frívola. Apesar
disso, o magistrado alegou que o advogado "tinha posse de uma apólice da
companhia, na qual ela garantia que os charutos eram seguráveis e, também, que
eles estavam segurados contra fogo, sem definir o que seria fogo aceitável ou
inaceitável" e que, portanto, ela estava obrigada a pagar o seguro.
Em vez de entrar no
longo e custoso processo de apelação, a companhia aceitou a sentença e pagou
US$ 15.000,00 ao advogado, pela perda de seus charutos raros nos “incêndios”.
Depois que o advogado embolsou o
cheque, a seguradora o denunciou, e fez com que ele fosse preso, por 24
incêndios criminosos!
Com base no registro
de sinistro de sua autoria e no seu próprio testemunho, válidos para o processo
anterior, advogado foi condenado por incendiar intencionalmente a propriedade
segurada. Acabou sentenciado a 24 meses de prisão, além de pagar multa de US$
24.000,00.
Moral da história: cuidado
com o que você faz! A outra parte também pode ter um advogado; melhor e mais
esperto!
Fim de papo, resta
chamar a atenção para uma bem humorada advertência que rola na internet: pelo menos nesse período de festas, evite
atropelar um advogado que esteja pedalando pelas ruas da cidade; a bicicleta pode ser sua!
- Jornal de Domingo
- Diário do Rio Doce
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