domingo, 10 de agosto de 2014

ESSES ADVOGADOS ...

            Transcorre amanhã uma das duas ocasiões em que o Direito é comemorado no Brasil.
            A primeira é 19 de maio, dia de Santo Ivo, patrono dos advogados.
            A outra é 11 de agosto, o Dia do Advogado, data que, em 1827, foram criados os dois primeiros cursos de Direito no país, um em São Paulo, outro em Olinda/Pernambuco. É também conhecido como o Dia do Pendura, em que, por antiga tradição, os estudantes de Direito costumam beber e comer em bares e restaurantes, e sair “de fininho”, sem pagar a conta.  O “pendura” teve início em São Paulo, mas logo se espalhou por outros locais. Os comerciantes do ramo ainda temem a data, pois, apesar de ilegal e fora de moda, há grupos que se mantêm fieis à prática.
            A data é fixa, mas os festejos se estendem por todo o mês, em períodos alternados, de acordo com a conveniência dos promotores.
            Advogados existem aos montões e se multiplicam com impressionante velocidade, na medida em que estão entre os especialistas mais requisitados.
            De modo geral, competentes, dedicados e zelosos em seu trabalho, compõem um dos grupos mais aclamados e benquistos pela sociedade.
            Nem por isso são poupados das histórias, brincadeiras, gozações e piadas que servem para testar a esportividade e o humor dos profissionais liberais.
            Algumas até interessantes, a ponto de demonstrar o quanto são importantes o talento, a habilidade e a astúcia dos personagens envolvidos.
 É o caso de uma conhecida história premiada no Criminal Lawyers Award Contest.
Um advogado de Charlotte, NC, comprou uma caixa de charutos tão raros e caros que os colocou no seguro contra fogo.
Após um mês, tendo fumado todos eles, e sem ter terminado de pagar o seguro, o advogado registrou um sinistro contra a seguradora.
Nesse ato, alegou que os charutos haviam sido perdidos em uma série de pequenos incêndios.
A seguradora recusou-se a pagar, citando o motivo óbvio: o segurado havia consumido seus charutos da maneira usual.
O advogado processou a companhia..., e ganhou!
Ao proferir a sentença, o juiz concordou com a seguradora em que a ação era frívola. Apesar disso, o magistrado alegou que o advogado "tinha posse de uma apólice da companhia, na qual ela garantia que os charutos eram seguráveis e, também, que eles estavam segurados contra fogo, sem definir o que seria fogo aceitável ou inaceitável" e que, portanto, ela estava obrigada a pagar o seguro.
Em vez de entrar no longo e custoso processo de apelação, a companhia aceitou a sentença e pagou US$ 15.000,00 ao advogado, pela perda de seus charutos raros nos “incêndios”.
            Depois que o advogado embolsou o cheque, a seguradora o denunciou, e fez com que ele fosse preso, por 24 incêndios criminosos!
Com base no registro de sinistro de sua autoria e no seu próprio testemunho, válidos para o processo anterior, advogado foi condenado por incendiar intencionalmente a propriedade segurada. Acabou sentenciado a 24 meses de prisão, além de pagar multa de US$ 24.000,00.
Moral da história: cuidado com o que você faz! A outra parte também pode ter um advogado; melhor e mais esperto!
Fim de papo, resta chamar a atenção para uma bem humorada advertência que rola na internet: pelo menos nesse período de festas, evite atropelar um advogado que esteja pedalando pelas ruas da cidade; a bicicleta pode ser sua! 
 
- Jornal de Domingo
- Diário do Rio Doce
 
 
 
 

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