Por
Etelmar Loureiro
Terminados
os agitos do Natal e do “réveillon”, o desafio passa a ser acomodar na agenda
tudo o que está programado para o “restinho” de 2018.
De
cara, Governador Valadares estará às voltas com o aniversário da cidade, 30/01.
Cairá numa terça-feira, com toda pinta de ser o primeiro feriadão do ano.
Até
13 de fevereiro, não tem pra ninguém; Momo já reina absoluto. O espírito carnavalesco
que habita a alma do povo brasileiro se sobrepõe a qualquer outro chamamento. Nada consegue desviar a concentração dos
foliões, exceto – claro! – a fatura do cartão de crédito, engordada pelas
compras de fim de ano, e os gastos com IPTU, IPVA, matrículas e materiais escolares,
inevitáveis nesta época.
Quando
o pessoal começar a se recompor da refrega carnavalesca, virá a Semana Santa, nova
pausa para descanso de pelo menos três dias. Chance de outra esticada às áreas
de lazer, em busca de bronzeado e forças para enfrentar o feriadão que virá
logo a seguir. Para a “tristeza” geral, o Dia do Trabalhador, 01/05,
também será uma terça-feira, e, como de praxe, deverá ser engordado pelos três
dias que o antecederão.
Os que perderem
essa “boca” não precisarão ficar tristes. O “Corpus Christi” virá no final de
junho, e, pra variar, será celebrado numa quinta-feira, com certeza de
“espichamento”.
Bafejado pela
sorte, o valadarense terá, ainda, de lambuja, numa plena quarta-feira, o
feriado de 13/06, dedicado a Santo Antônio, o seu padroeiro.
A
essa altura, o Brasil já estará vestido de verde e amarelo. Todas as antenas
estarão voltadas para a Rússia, onde, em 14.06, se iniciará a Copa do Mundo,
envolvendo jogos quase todos imperdíveis. Nos 30 dias seguintes, ninguém
pensará noutra coisa, senão em futebol.
Além
de incluir partidas do Mundial, julho é época de férias escolares, que sempre acarretam
mais viagens e outras induções ao relax.
Quando
setembro vier, haja coração! Afora as festividades alusivas à Semana
da Pátria – e o 07/09 será uma sexta-feira!!! –, o brasileiro estará convivendo
com a reta final da campanha política.
As
eleições para presidente, governadores, senadores, deputados federais,
estaduais e distritais (estes só em Brasília) acontecerão no início de outubro
(07), e tudo leva a crer que a disputa será ferrenha.
Se
necessário, o segundo turno está previsto para 28/10, na base do salve-se quem
puder. Será “briga de cachorro grande”.
Num
piscar de olhos, novembro e dezembro estarão de volta. Abre-se nova temporada
de luzes coloridas, vitrines, ruas e árvores iluminadas, Papai Noel, “jingle
Bells”, perus, leitoas, frutas de época, panetones, champanhes e show de
Roberto Carlos. Tudo na base do “vale a pena ver (e consumir) de novo”.
Nesse
ponto, quem até então nada fez, dificilmente fará alguma coisa; “Inês estará
morta”! Outra folhinha irá para a lixeira, sem direito a prorrogação.
O
calendário oficial deste ano contempla 14 datas comemorativas, entre feriados
nacionais e pontos facultativos.
Muitos
consideram essa quantidade excessiva, responsabilizando-a por prejuízos
econômicos. Entretanto, em comparação com Estados Unidos, Canadá, França e
outros grandes países, a análise não se sustenta. Quanto a isso, estamos bem
próximos deles, que nada reclamam.
O
detalhe é que, em várias dessas nações, os feriados móveis são transferidos
para segunda ou sexta-feira, como forma de evitar os “enforcamentos”. O Brasil
quer fazer o mesmo, mas depende da aprovação de projeto de lei que tramita no
Congresso Nacional.
Até
então, o 1º de janeiro continuará sendo apenas o começo de um novo epílogo.
Melhor para os que se mantêm no “clima”, e só descansam nos finais do
ano. Curtem eterna malandragem!
- Diário do Rio Doce – 04.01.2018I
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